terça-feira, 14 de outubro de 2008

O POLIS e a cidade de Faro

É celebrado amanhã, quarta-feira, um acordo que prevê a cedência de terrenos do IPTM para a câmara de Faro. Em consequência, será construído um porto de recreio nas traseiras do hotel Eva. Mas um outro mini-Polis, com o seu porto de recreio, prepara-se para nascer na zona do cais comercial.

O projecto prevê a alienação dos terrenos actualmente geridos pelo Instituto Português de Transportes Marítimos (IPTM) para a gestão camarária e a construção, pela própria autarquia, de um porto de recreio – que os responsáveis do município preferem designar como “ampliação” do actual – e a requalificação de toda a área adjacente, entre a estação da CP e o cais da Porta Nova.

Depois de uma série de “chumbos” ambientais, e entre três hipóteses possíveis, o novo porto de recreio (ou a “ampliação” do actual) foi “encaixado” pelo Ministério do Ambiente nas traseiras do hotel Eva, o que implicará a dragagem de 300 mil metros cúbicos de areias e lamas, para a constituição de um plano de água e bacia de manobra e um canal de acesso com cerca de 500 metros.

Dado o elevado grau de contaminação, esses dragados não poderão ser utilizados no aterro em causa, onde serão localizadas as infra-estruturas terrestres.

As contas definitivas do impacto ambiental serão objecto de um Relatório de Conformidade Ambiental do Projecto de Execução (RECAPE), a elaborar pela Agência Portuguesa do Ambiente (APA) com base em estudos realizados após a apresentação do projecto pela autarquia.

Além do porto de recreio exterior, está prevista também a requalificação de toda a zona que quarta-feira será objecto de protocolo, com a construção de uma zona pedonal e de esplanadas.

O obstáculo constituído pela linha de comboio poderá ter que ser “ultrapassado” através da construção de uma passagem aérea. Fonte da autarquia revelou ao OA que a solução poderá passar pela execução de um elevador entre um edifício do “lado de dentro” da linha e o futuro porto de recreio.

“Como autarca, gostaria que o caminho-de-ferro fosse enterrado, mas estamos muito longe de isso poder acontecer”, disse José Apolinário ao OA.

Além da zona da zona em apreço e do cais comercial, a cidade de Faro será também contemplada pelo programa Polis, nomeadamente através da construção do passeio ribeirinho (sensivelmente na zona da Ria que começa por trás do Teatro Municipal, para poente), que será objecto de uma intervenção orçada em 3,5 milhões de euros.

O Polis da Ria Formosa – de que fazem parte o Ministério do Ambiente e as autarquias de Faro, Loulé, Olhão e Tavira – prevê ainda intervenções de fundo na Praia de Faro, designadamente a construção de uma ponte pedonal em madeira e de um parque de estacionamento que evitará o actual afluxo de carros à praia.

Fonte: Observatório do Algarve





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