Por enquanto, ainda é apenas um conjunto de intenções, mas a transferência de competências do Instituto Portuário e dos Transportes Marítimos para o município de Faro abre as portas para novos investimentos, entre eles também na zona oriental da cidade.
“Essa é uma zona com elevado potencial e com investidores interessados, por isso não é prioritária do ponto de vista do investimento público, mas numa fase posterior terá de ser objecto de intervenção”, afirma José Apolinário. O autarca falava à margem da assinatura do protocolo de transferência de competências entre o IPTM e o Município, que ontem decorreu em Faro.
O Observatório do Algarve sabe que existem, pelo menos, dois grandes grupos ligados ao sector imobilário interessados no investimento, que englobará espaços comerciais e de habitação numa zona hoje afecta ao Porto Comercial de Faro, que tenderá a “emagrecer” de forma a permitir ainda a descarga de combustível a partir dos petroleiros que acostam em Faro.
Tudo à volta, no entanto, será objecto de intervenção, incluindo o Bairro da Horta da Areia e a zona industrial e de armazenamento de combustível. A Marina ficará, em princípio, localizada na parte Este do Porto Comercial.
Apolinário frisou, no entanto, que este será um processo de médio-prazo, uma vez que a prioridade irá agora para outras intervenções que necessitam de dinheiros públicos e que contam com o Quadro de Referência Estratégico Nacional e com o Polis Ria Formosa para a sua execução num horizonte temporal mais curto.
Exemplo disso mesmo é a requalificação da zona ribeirinha, sujeita a dois “mini-polis”, que incluirão a reabilitação da doca de recreio já existente e a área envolvente, numa obra com um custo estimado de 1 milhão de euros, com concurso previsto para Novembro.
Já a doca de recreio exterior (ver aqui) custará perto de 4 milhões de euros, e terá capacidade para 275 embarcações projecto elaborado pela autarquia, construído pelo IPTM, mas integralmente custeado com fundos privados.
A autarquia prevê ainda a criação de um acesso pedonal e ciclável ao lado Sul da linha férrea, mas para já, será inviável, segundo Apolinário, a supressão ou deslocalização do caminho-de-ferro.
Para além disso, ao abrigo do acordo com o IPTM, será requalificada a área polivalente a Norte do Hotel Eva (será lançado em breve um concurso de ideias), bem como a zona do passeio ao longo da actual doca e de toda a frente ribeirinha.
Tudo isto estará em estudo no Plano Estratégico encomendado à Parque Expo pela Câmara Municipal de Faro, orçado em 200 mil euros e que deverá estar pronto dentro de 6 meses.
Fonte: Observatório do Algarve
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