quinta-feira, 22 de abril de 2010

Loulé e Faro compram mais terrenos para o Hospital Central do Algarve

Loulé e Faro já estão a comprar os terrenos extra que lhes foram solicitados para construir o Hospital Central do Algarve, apesar da «desigualdade de tratamento».

A Associação de Municípios Faro-Loulé já está a adquirir os terrenos extra solicitados pelo Ministério da Saúde para construir o Hospital Central do Algarve (HCA).

O processo está a ser liderado pela administração do Parque das Cidades, que irá acolher a infraestrutura, mas não irá influenciar os prazos de execução do projeto, garantiu ao «barlavento» o presidente da Câmara de Loulé Seruca Emídio.

O processo de implantação do futuro Hospital Central está atualmente na etapa de avaliação de propostas e a correr dentro dos prazos previstos, garantiu a ministra da Saúde na passada semana, em Olhão.

Estão a ser avaliadas duas propostas, uma da portuguesa Teixeira Duarte e outra da espanhola Ferrovial, estando para breve uma decisão, disse Ana Jorge.

«Estamos na fase de consulta prévia das propostas e, até Julho, deverá haver decisão de quem será a entidade ou a empresa que vai construir o hospital», disse a ministra à margem do lançamento da primeira pedra de uma unidade de cuidados continuados em Olhão.

«A data certa de construção não está definida, mas tudo aquilo que tem sido apontado em relação ao calendário tem sido cumprido», acrescentou Ana Jorge.

Como recordou ao «barlavento» o autarca Seruca Emídio, no caso do HCA, todos os terrenos foram ou serão comprados e pagos na totalidade pelas duas Câmaras a quem pertence o Parque das Cidades, Loulé e Faro.

Isto apesar das «dificuldades pelas quais as autarquias passam», nomeadamente a de Faro. «Mas não será por nossa causa que o processo sofrerá atrasos. A aquisição dos terrenos necessários não influencia em nada o andamento do processo», garantiu Seruca Emídio.

O esforço financeiro, que, neste caso, será «numa pequena parcela de terreno, em comparação com a área total», justifica-se, na visão do autarca louletano, pela «importância que esta infraestrutura tem para ambos os municípios e para a região». Algo que também leva a que ambas as Câmaras apostem no projeto, «apesar das desigualdades de tratamento que temos sentido».

É que Seruca Emídio lembra que, em Lisboa, num processo semelhante para construção de um novo hospital, os terrenos foram igualmente adquiridos pela Câmara Municipal lisboeta, mas o Ministério da Saúde disponibilizou-se a pagar o investimento feito pela edilidade.

No caso do Algarve, nunca foi demonstrada disponibilidade para isso, nem mesmo quando foi necessário adicionar novos terrenos aos cerca de 140 mil metros quadrados que já haviam sido garantidos e disponibilizados pelo Parque das Cidades para a construção do hospital.

Quanto ao processo que está a ser liderado pelo Governo, Ana Jorge acredita que o facto de ambas as propostas de concepção-construção que chegaram à fase final do concurso público serem superiores ao limite máximo de custo imposto não irá impedir o cumprimento dos prazos previstos.

«Esperemos que não seja um problema. Vamos tentar criar condições para que esse problema seja ultrapassado, sendo que há todo o interesse em ultrapassar essa fase para que o HCA seja a realidade que todos desejamos», revelou.

Mas não precisou se o governo vai aceitar os valores propostos pelos candidatos (que, segundo a agência Lusa, são, em ambos os casos, superiores ao limite em mais de cem milhões de euros) ou renegociar as propostas de modo a que atinjam os 260 milhões de teto orçamental impostos no concurso, referindo apenas que ambas as propostas terão «de ser analisadas».

Fonte: Barlavento Online

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