O presidente da Câmara de Faro, Macário Correia, considerou hoje que o facto de as propostas para a construção do Hospital Central do Algarve violarem o limite definido pelo Estado pode atrasar a obra.
Em causa está o valor das propostas apresentadas em concurso público para a construção da estrutura, que violam em mais de 100 milhões de euros o limite de 260 milhões que foi determinado pelo Estado.
Os valores contidos nas duas propostas apresentadas (Teixeira Duarte, com 372 milhões, e Ferrovial, com 410 milhões) terão que baixar ou terá que ser lançado novo concurso, já que o Governo diz que não adjudicará a obra acima do comparador público.
O presidente da câmara de Faro considerou, em declarações à Lusa, que o processo poderá sofrer atrasos caso não haja um consenso entre as partes, o que pode obrigar ao lançamento de novo concurso público.
"Se não houver solução negocial, volta-se à estaca zero e tem que se lançar novo concurso, o que vai obviamente atrasar a obra", disse, classificando como "expressiva" a diferença entre o valor de referência e o contido nas duas propostas.
"Não estamos a falar de desvios de cinco ou dez por cento", afirmou, sublinhando que, percentualmente, os valores apresentados pelas construtoras representam, na melhor das hipóteses, mais de 30 por cento acima do valor de referência.
Segundo Macário Correia, ou o caderno de encargos está bem feito e os concorrentes estão a pedir demais ou não contempla "alguma realidade do mercado" e o que os concorrentes estão a pedir poderá ser aceitável.
"É preciso ver bem o caderno de encargos e o programa de concurso, ver os itens e compará-los um a um e ver os valores dos diferentes componentes para que se chegue a uma base de entendimento", declarou.
O líder da autarquia que faz a gestão repartida, com o município de Loulé, do Parque das Cidades, onde ficará instalado o futuro hospital, diz que se houvesse mais concorrentes, haveria mais possibilidades de comparar propostas.
"É uma obra com um valor excessivamente grande e muitas das empresas não têm gabarito para corresponder a uma obra dessa envergadura", disse, acrescentando que o universo de empresas seleccionáveis é pequeno.
O futuro Hospital Central do Algarve servirá uma população de cerca de 800 mil habitantes (o dobro da população algarvia), contando com a afluência sazonal de turistas.
A nova unidade deverá ter 524 camas para internamento e um bloco operatório com 10 salas, sendo que a área de consulta externa terá 66 gabinetes, onde se poderão realizar anualmente cerca de 220 mil consultas.
Fonte: Região Sul
Em causa está o valor das propostas apresentadas em concurso público para a construção da estrutura, que violam em mais de 100 milhões de euros o limite de 260 milhões que foi determinado pelo Estado.
Os valores contidos nas duas propostas apresentadas (Teixeira Duarte, com 372 milhões, e Ferrovial, com 410 milhões) terão que baixar ou terá que ser lançado novo concurso, já que o Governo diz que não adjudicará a obra acima do comparador público.
O presidente da câmara de Faro considerou, em declarações à Lusa, que o processo poderá sofrer atrasos caso não haja um consenso entre as partes, o que pode obrigar ao lançamento de novo concurso público.
"Se não houver solução negocial, volta-se à estaca zero e tem que se lançar novo concurso, o que vai obviamente atrasar a obra", disse, classificando como "expressiva" a diferença entre o valor de referência e o contido nas duas propostas.
"Não estamos a falar de desvios de cinco ou dez por cento", afirmou, sublinhando que, percentualmente, os valores apresentados pelas construtoras representam, na melhor das hipóteses, mais de 30 por cento acima do valor de referência.
Segundo Macário Correia, ou o caderno de encargos está bem feito e os concorrentes estão a pedir demais ou não contempla "alguma realidade do mercado" e o que os concorrentes estão a pedir poderá ser aceitável.
"É preciso ver bem o caderno de encargos e o programa de concurso, ver os itens e compará-los um a um e ver os valores dos diferentes componentes para que se chegue a uma base de entendimento", declarou.
O líder da autarquia que faz a gestão repartida, com o município de Loulé, do Parque das Cidades, onde ficará instalado o futuro hospital, diz que se houvesse mais concorrentes, haveria mais possibilidades de comparar propostas.
"É uma obra com um valor excessivamente grande e muitas das empresas não têm gabarito para corresponder a uma obra dessa envergadura", disse, acrescentando que o universo de empresas seleccionáveis é pequeno.
O futuro Hospital Central do Algarve servirá uma população de cerca de 800 mil habitantes (o dobro da população algarvia), contando com a afluência sazonal de turistas.
A nova unidade deverá ter 524 camas para internamento e um bloco operatório com 10 salas, sendo que a área de consulta externa terá 66 gabinetes, onde se poderão realizar anualmente cerca de 220 mil consultas.
Fonte: Região Sul
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