terça-feira, 23 de dezembro de 2008

Lar e residência autónoma da APPC Faro serão realidade em 2010

Antevisão do Lar-residência da APPC em FaroAs obras de construção do novo Lar Residencial e Residência Autónoma da Associação Portuguesa de Paralisia Cerebral de Faro vão arrancar já no primeiro trimestre de 2009 e devem acabar em 2010.

A infra-estrutura, um antigo sonho de responsáveis e beneficiários desta associação, vai permitir albergar 25 pessoas, cinco das quais em regime de autonomia quase completa, em duas estruturas distintas.

No Lar que irá ser construído vão ser acolhidos «20 jovens com grande incapacidade», revelou ao «barlavento» a directora da APPC Faro Graciete Campos. Alguns deles têm pais «na casa dos 70 ou 80 anos», que vivem angustiados com o destino dos seus filhos, quando falecerem.

Com estes vinte lugares em lar, a APPC Faro vai conseguir dar resposta a alguns destes casos e dar esperança às suas famílias. Já a segunda estrutura vai permitir que outros cinco jovens que sofrem de paralisia cerebral possam viver as suas vidas de forma quase totalmente independente.

A residência autónoma, com cinco lugares, é «um projecto inovador». «Trata-se de um grupo de cinco jovens com um projecto de vida bem definido. Vão viver juntos e cuidar de si próprios, já que têm autonomia suficiente para fazer muitas coisas, desde a sua higiene pessoal até cozinhar, entre outras», revelou.

Apesar de ganharem a sua independência, não vão deixar de ter o apoio de técnicos especializados. «Haverá sempre um técnico de acção social por perto, para lhes dar o suporte de que necessitarem», revelou.

O projecto, a ser implantado na Urbanização do Boniche, no Montenegro, em Faro, vai ser apoiado pelo Programa Pares II e tem um custo estimado de 800 mil euros. Destes, cerca de 300 mil virão do Estado e outros 200 mil da Câmara de Faro. A restante verba vai ter de ser garantida pela própria instituição.

Algo que, em tempo de crise, não é fácil. Esta é uma instituição sem fins lucrativos que apoia, actualmente, 280 utentes de todo o Algarve. Uma tarefa que só é feita através do centro que conseguiu construir em Faro há alguns anos e graças aos 72 funcionários. Tendo isto em conta, as ajudas são sempre bem vindas.

«O apoio que temos tido da Câmara de Faro, da Segurança Social e do Governo Civil tem sido inestimável», frisou Graciete Campos.

Fonte: Barlavento Online

Sem comentários:

Enviar um comentário