O presidente da Associação de Moradores Praia de Faro (zona nascente) admitiu hoje que o programa Polis Ria Formosa vai ser injusto para os pescadores residentes, mas rejeitou qualquer responsabilidade nesta situação.
"Se a gente não tem a colaboração das entidades, nós como associação não temos poder nenhum. A gente só pode é alertar as pessoas. (…) Estou a ver hoje, com estas reuniões, que não vão conseguir fazer justiça na própria Praia de Faro", afirmou Gilberto da Silva, à margem de uma reunião com a Sociedade "Polis Litoral Ria Formosa".
A Sociedade Polis Ria Formosa, e os autarcas de Faro e Olhão, reuniram-se ontem de manhã, em Olhão, com todas as associações de moradores das ilhas da Ria Formosa com o objectivo de informar os residentes das ilhas sobre a evolução dos trabalhos de inventariação das habitações da zona.
No final do encontro o presidente das associação de moradores da zona nascente de Faro afirmou que tanto o Governo, como a autarquia, nunca deram aos pescadores a atenção que mereciam.
"Nós temos sido os maiores prejudicados, porque a Câmara nunca investiu um tostão na zona dos pescadores. As infra-estruturas e a água que lá estão, fomos nós que as fizemos. Se está lá a passadeira foi com muito custo que a associação de moradores a pôs", recordou o pescador da Ilha de Faro.
Segundo Gilberto da Silva, os pescadores estão impotentes perante estas alterações até porque "só têm a faca de mariscar", o "barquinho para ir para o mar" e as "redes para pescar".
"Se nos tiram a casa tiram-nos tudo", lamenta, observando que os que não são da praia é que têm prédios de terceiro andar" e "casas para alugar para fazer negócio".
A presidente do Conselho de administração da Sociedade Polis Litoral Ria Formosa Valentina Calixto garantiu hoje, no entanto, que "sem as soluções de alojamento encontradas" não se vai remover ninguém.
O levantamento das construções das ilhas da Ria Formosa terminam em Abril do próximo ano, declarou Valentina Calixto.
Segundo o autarca de Faro, dos 87,5 milhões de euros previstos para o Polis, o montante que está estipulado para o realojamento das populações dos ilhas e ilhotes da Ria Formosa são cerca de três milhões de euros.
Fonte: Barlavento Online
"Se a gente não tem a colaboração das entidades, nós como associação não temos poder nenhum. A gente só pode é alertar as pessoas. (…) Estou a ver hoje, com estas reuniões, que não vão conseguir fazer justiça na própria Praia de Faro", afirmou Gilberto da Silva, à margem de uma reunião com a Sociedade "Polis Litoral Ria Formosa".
A Sociedade Polis Ria Formosa, e os autarcas de Faro e Olhão, reuniram-se ontem de manhã, em Olhão, com todas as associações de moradores das ilhas da Ria Formosa com o objectivo de informar os residentes das ilhas sobre a evolução dos trabalhos de inventariação das habitações da zona.
No final do encontro o presidente das associação de moradores da zona nascente de Faro afirmou que tanto o Governo, como a autarquia, nunca deram aos pescadores a atenção que mereciam.
"Nós temos sido os maiores prejudicados, porque a Câmara nunca investiu um tostão na zona dos pescadores. As infra-estruturas e a água que lá estão, fomos nós que as fizemos. Se está lá a passadeira foi com muito custo que a associação de moradores a pôs", recordou o pescador da Ilha de Faro.
Segundo Gilberto da Silva, os pescadores estão impotentes perante estas alterações até porque "só têm a faca de mariscar", o "barquinho para ir para o mar" e as "redes para pescar".
"Se nos tiram a casa tiram-nos tudo", lamenta, observando que os que não são da praia é que têm prédios de terceiro andar" e "casas para alugar para fazer negócio".
A presidente do Conselho de administração da Sociedade Polis Litoral Ria Formosa Valentina Calixto garantiu hoje, no entanto, que "sem as soluções de alojamento encontradas" não se vai remover ninguém.
O levantamento das construções das ilhas da Ria Formosa terminam em Abril do próximo ano, declarou Valentina Calixto.
Segundo o autarca de Faro, dos 87,5 milhões de euros previstos para o Polis, o montante que está estipulado para o realojamento das populações dos ilhas e ilhotes da Ria Formosa são cerca de três milhões de euros.
Fonte: Barlavento Online
Sem comentários:
Enviar um comentário